segunda-feira, 13 de abril de 2015

A Guerra dos Judeus de Flavio Josefo.

Flávio Josefo, LivroIII - Prefacio pg 209-210: "De todas as guerras que se travaram, quer de cidade contra cidade, quer de nações contra nações, nosso século ainda não viu outra grande, e nós não sabemos que tenha havido outra semelhante, a que os judeus sustentaram contra os romanos. Houve no ententanto pessoas que se dispuseram a escreve-la, embora por si mesmo nada soubessem dela, baseado apenas seus conhecimentos em relações vãs e falsas. Quando aos que nela tomaram parte, sua bajulação pelos romanos e seu odio pelos judeus fê-los relatar coisas de maneira muito diferente da que de fato eram realidade. Seus escritos estão cheios de louvores por uns e de censura dos outros, sem se preocupar com a verdade. Foi isso que me fez decidir a escrever, em grego, para satisfação daqueles que estão sujeitos ao Império Romano, o que eu escrevi há pouco em minha linguá, para informar as outras nações.
Meu pai chamava-se Matatias, meu nome é Josefo, sou hebreu de nascimento, sacrificador em Jerusalém. No principio combati contra os romanos e a necessidade, por fim, obrigou-me a empreender a carreira das armas."
Quando essa grande guerra começou, O Império romano era agitado por questões internas; os mais jovens e os mais exaltados dos judeus, confiando em suas riquezas e em sua coragem, suscitaram tão grande perturbação no oriente, para aproveitar dessa ocasião, que povos inteiros tiveram receio de lhe ficar sujeitos, porque eles tinham chamado em seu auxilio os outros judeus que habitavam além do Eufrates, a fim de se revoltarem todos juntamente.
Foi depois da morte de Nero que se viu mudar a face do Império. os gauleses, vizinhos dos romanos, sublevarem-se. Os celtas não estavam tranquilos; muitos aspiravam ao poder; os exércitos desejavam a revolução na esperança de com isso serem beneficiados. como todas as coisas não poderiam deixar de ser mais importantes, a tristeza que senti por ver que se desvirtuava a verdade tinha-me já feito tomar cuidado de informar exatamente aos partos, aos babilônicos, aos mais afastados dentre os árabes, aos judeus que habitavam além do Eufrates e aos atenienses da causa desta guerra e de tudo o que passou"....
"Flávio Josefo pg 214: "Existiam tres seitas dos judeus, a primeira das quais a dos fariseus, a segunda a dos saduceus e a terceira, a dos essênios, que é a mais perfeita de todas.
Estes últimos são judeus de nascimento; vivem em estreita união e consideram os prazeres como vícios que se devem evitar, e a continência e a vitoria sobre suas paixões como virtudes que muito se devem estimar. Rejeitam o casamento, não porque julgam dever-se destruir a especie humana, mas para se evitar a intemperança das mulheres que, eles estão persuadidos, não guardam fidelidade aos maridos. Não deixam, no entanto de reconhecer as crianças que lhe são dadas para instruírem e educa-las na virtude, com tanto para cuidado e caridade como se fossem seus pais, e alimentam e vestem todas da mesma maneira.
Desprezam as riquezas: todas as coisas são comum entre eles, com uma igualdade tão admirável que, quando alguém abraça a seita, despoja-se de toda propriedade, para evitar por esse meio a vaidade das riquezas, poupar aos outros a vergonha da pobreza e, em tão feliz a união, viver junto como irmãos. Naõ mudam de roupa senão quando as suas já estão rotas ou muito usadas. Nada vendem e nada compram entre si; mas permutam uns com os outros..."
Algumas citações do Livro; a guerra dos judeus de Flavio Josefo.
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quarta-feira, 25 de março de 2015

Êxodo silencioso

COMUNIDADES

A seguir, um pouco da história das comunidades judaicas nos países árabes, desde suas origens até a quase extinção nos dias atuais. Clique no menu ao lado para ir direto a uma comunidade de seu interesse.

INTRODUÇÃO


Os judeus vivem no Oriente Médio, Norte da África e na região do Golfo há vários séculos. Houve uma presença ininterrupta de grandes comunidades judaicas no Oriente Médio desde os tempos remotos, mais de 2.500 anos antes do nascimento dos estados árabes modernos. Veja a época em que algumas delas surgiram:
Iraque - século 6 a .C.
Líbia - século 3 a .C.
Iêmen - século 3 a .C.
Líbano - século 1 a .C.
Síria - século 1 a .C.
Marrocos - século 1 d.C.
Argélia - séculos 1 e 2 d.C.
Tunísia – século 2 d.C.
Após a conquista da região pelos muçulmanos, sob o domínio islâmico os judeus passaram a ser considerados cidadãos de segunda classe, mas a eles eram permitidas, durante um determinado período, oportunidades religiosas, educacionais, profissionais e empresariais limitadas.
Isso mudou no século 20, quando ocorreu um padrão de perseguição consistente e difundido e violações em massa dos direitos humanos das minorias judaicas em países árabes. Decretos e legislações oficiais aprovados pelos regimes árabes negaram direitos humanos e civis aos judeus e às outras minorias; suas propriedades foram desapropriadas; eles foram privados de sua cidadania e de seu sustento. Os judeus eram frequentemente vítimas de assassinato, prisões e detenções arbitrárias, tortura e expulsões.
Com a declaração do Estado de Israel em 1948, o status dos judeus nos países árabes piorou drasticamente à medida que muitos países árabes declararam ou apoiaram guerra contra Israel. Os judeus foram, então, expulsos dos países onde residiam há anos e tornaram-se reféns políticos dominados do conflito árabe-israelense.

http://www.judeusdospaisesarabes.com.br/index.htm