sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Os Árabes da Palestina


Em 1882 a população da palestina mal chegava a 260.000 habitantes. No entanto, em 1914, esse número tinha dobrado e em 1920 tinha chegado a 600.000. Durante o mandato, o numero crecseu de forma de forma ainda mais excepcional, alcançando 840.000 em 1931 e representando 81% dos habitantes do país. Aproximadamente 75.000 dos árabes eram cristãos, agrupados em grande parte nas áresa urbanas, relativamente alfabetizados e em grande número empregados nos escalões médicos e inferior da administração do mandato. Os árabes muçulmanos a maioria eram muito atrasados. 70% deles viviam da terra, sobretudo nas regiões montonhosas do norte e do centro do país, onde produziam grãos, legumes e verduras, azeite de oliva e tabaco. Um censo em 1922 revelou que um terço dos agricultores árabes eram felás  (felachim) meeiros locadores cujo terrenoi médio raramente passava de 100 dunams (10 há). Interminavelmente endividados com seus proprietários, aos quais pagavam um aluguel de 33 a 50% de sua colheita, viviam com suas famílias de cinco ou mais filhos em cabanas de barro, praticamente não possuíam istalações sanitárias e sofriam cronicamente de disenteria amebiana e bilharziose.
Essas condições submarginais eram ainda assim incomensuravelmente melhores que os árabes mulçumanos de outras partes do Oriente Médio. As estatísticas do crescimento da população eram reveladoras: na Palestina o aumento entre 1922 e 1946 fora 118%, um índice de quase 5 % ao ano e o mais elevado do mundo árabe, com exceção do Egito. Não se tratava de aumentointeiramente natural. Durante esse 24 anos, aproximadamente cem mil árabes entraram no país, provenientes de regiões visinhas. O influxo podia ser atribuído em parte ao governo ordeiro propiciado pelos britânicos; mas muito mais, certamente, às oportunidades econômicas tornadas possíveis pela colonização judaica. A ascensão do Ishuv beneficiou a vida árabe de modo indireto, pela desproporcional contribuição judaica à receita do governo e , assim, pelo aumento dos gastos do mandato no setor árabe; e de modo direto, pela abertura de novos mercados para a produção árabe e até a guerra civil de 1936 novas oportunidades de emprego para a mão de obra árabe. Era significativo, por exemplo, que movomento de árabes na própria Palestina fosse em grande parte para regiões de concentração judaica. Assim, o aumento da população árabe durante a década de 1930 foi de 87% em Haifa, 61% em Jafa, 37% em Jerusalem. Crasimento semelhante foi registrado em localidades árabes situadas perto das aldeias agrícolas judaicas. O aumento de 25% da participação árabe na industria podia ser atribuídos exclusivamente às necessidades da grande imigração judaica.
Mas nas décadas de 1920 e 1930 simplesmente não permitiram relações toleráveis e afáveis. Durante o regime militar, os generais A-Lemby, Money e Bols foram abartamente hostis ao sionismo, temendo a influencia potencialmente desintegradora do Lar Nacional Judaico. A Palestina. Portanto até maio de 1920, nenhuma referencia britânica oficial à declaração Balfour circulou na Palestina. Os oficiais britânicos também atuaram na fundação da Associação Mulçumao-Cristão, a primeira organização, pós guerra na Palestina. Mesmo durante o governo civil de Samuel, diversos funcionário importantes permaneceram inflexíveis contrários ao Lar nacional Judaico. Entre estes estavao coronal Ernesto Richmond, o secretário chefe assistente do departamento político”Em questão relativa à participação dos árabes no conselho legislativo então planejado” admitiu Raghib Bey AL Nashashibi, em 1923, “ o alto comissário é guiado pelo conselho de Richmind, que torna impossível qualquer cooperação com os judeus”
Em vária ocasiões, a oposição britânica topedeou promissoras discussões conjuntas entre líderes judeus e árabes. Nos primeiros meses de 1922, por exemplo, uma série de encontros não oficiais entre árabes e sionistas ocorreu no Cairo. deles participaram, do lado árabe, destacados nacionalestas sírios, entre os quais o xeque Rashid Rida, presidente do comitê central do Partido Unido Sírio, Rias al Sulh, que viria a ser primeiro ministro do Líbano, e Emile Ghori, editor palestino do al- Ahram, o principal jornal egípcio. Representando os judeus estavam o Dr. Montague Davis Eder, e da executiva sionista Asher Sapir, um homem com grandes ligações no mundo arabe. Em cada discussão eram trocadas as amenidades usuais, as respostas referencias a um "ressurgimento semitico comum" no Oriente Médio. na coferencia inicial, em 18 de março, os arabes renovaram sua propostas de janeiro de 1919. Uma delas para que os judeus cooperassem com os arabes na expulsão dos franceses na Siria. Outra, para que os sionistas repudiassema declaração Balford e tratassem diretamente com os arabes. de "Nação para Nação". a aceitação da s proposta seria seriamente perturbadora para Londres. O Lar nacional Judaico dependente de acordo com os arabes e não com da proteção britanica. Tomando conhecimento desse oferecido, o ministério das Colônias pediu aos sionistas QUE POSTERGASESEM OUTRAS DISCUSSÕES ATÉ QUE O MANDATO FOSSE RATIFICADO. Os judeus aquieceram. Os encontros arabes-judaicos foram retomados, no entanto em abril de 1922 e logo pareciam dar frutos. Um resumo declerava que cada lado cooperaria ativamente com o outro. Os judeus prometeram fornecer a seus visinhos arabes auxilio economico e politico, enquanto os arabes se comprometiram a cessar toda propaganda anti-sionista e criar uma comissão mista cristã- mulçumana- judaica na Palestina. Mais importante foram os acordos futuros tratos entre judeus e arabes não mais relacionados a Declaração Balfour ou no mandato, enquanto os arabes por sua vez não invocariam a carta de Hussein de 1915 em negociação com os judeus. O presidente sionista e primeiro presidente de Israel aprovou a resolução arabe. OS BRITANICOS NÃO APROVARAM! Mais uma vez o ministerio das colonias mandou interromper as discuções e as negociações "nação para nação" Os futuros encontros entre Weizmann e Sa"ad Zaghlul Paxa, lider nacionalista egípcio e o emir Abdullah da palestina do Leste a Jordania, foram sumariamente canceladas pelos britanicos. Não haveria acordo entre arabes e judeus independente do poder do mandato.